terça-feira, 27 de março de 2012

my

transformo-me, qual metamorfose e voo por aí, tu observas-me, e, em simultâneo, devoras o jornal, qual psicólogo prezado; enquanto voo soletro o teu nome - e soa-me sempre tão bem - o teu inglês, a anos luz do meu, faz a tradução correcta do que te digo, para além do que te tento dizer. és extraordinariamente diferente, seja a tua pronúncia entupida ou o teu "estranho" nariz, ou, talvez, seja eu ... deslumbrada por ti! deduzo que já te tenhas multiplicado em interrogações, eu também já o fiz, mas ... tenho saudades tuas - afinal tinhas razão!

quinta-feira, 22 de março de 2012

quando eu for grande :)

vivo a minha vida de forma tão descontrolada, quanto eu própria, chego a achar realmente que o rímel em demasia me faça sentir mais segura de mim ou então talvez seja o meu identificativo, assegurando que a minha experiência profissional é quase tão nula como a dos que me pedem ajuda - quando me deparo com cinco casos práticos com problemas tão assustadores, quanto a anatomia neuronal, entranhados, apenas, neles próprios - poderiam estar sentados perante mim os meus pais, os meus avós ou até mesmo os meus tios, mas não, estão sentados, à minha frente, cinco perfeitos desconhecidos, que vêm em mim a solução para os seus fantasmas e terrores, que me tratam com o mesmo respeito que tratam os meus superiores, são mesmo capazes de me confidenciar a vida deles, muito antes de eu lhe assegurar o sigilo que lhes devo e no fim de mais uma sessão abraçam-me, como se tivéssemos andando no mesmo barco durante uma hora e que dali resultasse uma consolidação tão deslumbrante - "você vai ser grande, doutora, mesmo que os seus olhinhos de mulherzinha, ainda, brilhem a cada desvendar de, mais um, problema" - se isto é ser Psicóloga então é isto que quero ser o resto da minha vida.

quinta-feira, 15 de março de 2012

:)

"eu não sei nada sobre ti, eu só saberei quando tu própria quiseres que eu o saiba" - o brio de cada novo piscar de olhos ilumina-me o rosto, de forma singela, tento transpor para os lábios aquilo que a minha alma narra e se é de felicidade que falo porque não a explicitar ainda mais? tu não eras, de todo, o homem, por mim, idealizado - nem sabes tocar guitarra; mas, ultimamente, é em ti que penso um pouco antes de dormir, talvez porque os teus telefonemas tímidos e tardios me contagiem a alma ou sejam as tuas retóricas de inglês desajeitado a esculpirem-me qualquer tipo de sentimento, por ti ... como te digo: "hoje devo estar pelos Restauradores, amanhã no Mar dos Açores e depois, seja onde for, a relembrar-me, continuamente, que o único Homem da minha vida é o meu pai" e se fores tu, outra, excepção?

sexta-feira, 9 de março de 2012

mais 81, a meu lado!

nunca gostei de justificações, muito menos, justificações que, em mim, são eternas retóricas - consigo odiar-me, sempre mais, por, AINDA, não ter descoberto a cura, a verdadeira, para uma, quase, amnésia ou para a fraqueza dos dedos mais elegantes que já vi em toda a minha vida - os da minha, dócil e com a dispensa sempre recheada, "Avó D'Anja", incrivelmente, ou não, o nome por nós aplicado sempre teve um fundamento base - sábia é a sabedoria de crianças, que acima de qualquer crença existente, eram e ainda o são, sobretudo, credores de sua Avó! já tenho saudades, e ainda nem "5 dedos de minutos" se esgotaram, "das fortes, do tamanho do telhado .. milhões, milhões", de cada vez que a saúdo com um beijinho de "boa noite", é, na esperança que a continue a saudar para um "bom dia", do dia seguinte ("porque Deus está sempre connosco, não é?") ... e a Avó sempre comigo! - afinal, não se morre por um desgosto de amor, que tolice! ... morre-se sim, quando alguém tirar à humanidade esta incrível Senhora;

quarta-feira, 7 de março de 2012

hoje foi isto

os teus olhos, pequeninos como os meus, conhecem-te a ti, como se de mim se tratassem, em tempos, tentei reinventar o teu sorriso, desta vez em versões ilimitadas, assim nunca terias de desaparecer, para sempre da minha vida, estavas por aí, nas mesmas ruas de um dia, e, ali, permaneceria, sempre, um bocadinho de ti, o mesmo que um dia me pertenceu! devo-te um pedido de desculpas, devo-te um sorriso e, mais que tudo, devo-te três, irrecuperáveis, anos, deitados fora, por nós .. também te devo um estalo, mas devo(-me), a mim, uma postura que sempre tentei manter.

escolha!

um dia vou para o ginásio - incrivelmente, HOJE foi o dia!