sexta-feira, 27 de maio de 2011

sempre na mesma base

acho-te repugnante e hipócrita, aliás foi com este preciso nome que estiveste identificado no meu telemóvel, durante um bom par de meses, porém e como sádica que sou, continuo a escrever para ti, mesmo que assim não o deseje. acho que é a raiva que se apodera dos meus dedos e, se assim for, tens mais poder em mim, do que eu alguma vez desejaria ... às vezes apetece-me ligar-te, só para te insultar mais um bocadinho, desde a última vez, para esvaziar as memórias e o amor incessante que nutria por ti e para te culpar de tudo e pelo tudo que não tens culpa, relembrar-te mais uma vez que arruinaste todas as minhas relações futuras, e não o temo em dizer, mas não me rendo, porque tudo o que me desejas, eu desejo-te. nunca te esqueças, a nossa relação sempre funcionou à base da reciprocidade, meu querido. assim será!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

hoje sei, ele sabe dançar, melhor do que ninguém.

e eu, com todo o meu espírito melódico e ingénuo, sorria. os teus braços entrelaçavam um corpo semi-perfeito, que para ti, nem a perfeição o superava, com o teu pé pesado, abstraias-te da dança, sem nunca te abstraíres-te de mim - um homem não sabe dançar - sussurravas, eu, confiante, como em tudo o que dizias, acreditava – um homem não dança. não precisava que soubesses conjugar os pés ou que soubesses guiar-me sob mais uma batida, quando me adoravas em demasia … e isto? bastava-me! credora de todos os provérbios populares, preferia não dar razão ao censo comum, mas “tudo o que é em demasia acaba” e nós? só fizemos jus ao ditado e, sem poder fugir ao inevitável, afinal – os homens também sabem dançar, nem que seja com a santa ingenuidade das mulheres.

domingo, 22 de maio de 2011

é tão fácil viver

com uma Canon ao pescoço e uma caneta na mão, quem é que não é feliz?!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

regras.

MUITO IMPORTANTE!


sexta-feira, 13 de maio de 2011

poucos .. mas bons.

tenho medo, sobretudo e mais que tudo, MEDO. não iria aguentar se mudassem de morada ou que ficassem sem bateria no telemóvel, mesmo que estivessem lá, dia após dia, a olhar por mim, mesmo que não vos visse, sem me poder zangar convosco. seria inevitável não pensar no pior, não fosse eu, dramaturga por natureza. preferia não receber telefonemas inesperados ou deixar de vos visitar. nunca vos iria perceber, compreender, perdoar ou até mesmo aceitar, não preciso de respostas, quando as tenho com toda a exactidão e clareza. recusaria-me a que tivessem o telemóvel desligado dias a fio, quando mais preciso, não vos quereria falar, quando não vos veria, preciso mais que tudo, de vocês, aqui. é o obrigada que nunca será dito, é o obrigada escrito, é o obrigada mais sentido - obrigada por existirem AQUI.