sábado, 19 de fevereiro de 2011

quando nem eu sei ... obrigada, tempo!



não me lembro. sensata memória que me faz esquecer o que dói, mói e não pára, agradeço ao meu prezado humor e talvez … talvez também te agradeça a ti, por teres/ teres tido o poder de por tantos sentidos a “funcionar” ao mesmo tempo! o tempo, mestre de toda a fé, encarrega-se de levar consigo um dia de cada vez, bem devagarinho, bem ao meu gosto, cruel ou apenas prudente, também sabe levar o que não deve, contudo não o recrimino, nem me cabe a mim.

(in)correspondência

não te exijo respostas claras ou concisas, não te exijo nada e, às vezes, prefiro o silêncio aterrador que se depositou sobre nós, exactamente por nunca achares qualquer justificação minha coerente ou lógica, por não conseguires argumentar ou por não tolerares as minhas respostas, quase sempre insuficientes. sabes, eu habituei-me a ti, da mesma maneira que me habituei ao teu paleio e aos teus olhos em meia-lua … ao contrário de ti, que nunca te satisfizeste com pouco, e hás-de pagar por isto. enquanto vives a tua vida isolada da sociedade, eu vivo a minha da maneira mais gratificante, enquanto procuras por alguém que me substitua, eu procuro por mim e enquanto continuares a fingir que não aconteceu nada, o que te vai acompanhar é a frustração, entranhada nas tuas roupas, entranhada em ti, como tu … em tempos, te entranhaste em mim. és repugnante, as tuas virtudes transformam-se à velocidade da luz, em defeitos, mas nada que o meu dramatismo precoce não espera-se.
eu, no fundo, tenho sempre razão.