terça-feira, 29 de março de 2011

mar lamb

ao longo destes 17 curtos anos, nunca me pareceu a Longa Rua de Lisboa tão Pequena. com cada viagem tão bem protagonizada e tão diferente da anterior, com mais um sorriso, desde o último avistado, com um Mini-Mercado a delimitar uma meta, a ditar o fim de mais uma viagem, de mais uma tarde ... até à próxima viagem de meio par de minutos, até ao próximo sorriso desajeitado, até ao próximo momento de Cumplicidade ou até à próxima piada mal dada, refiro-me à última com toda a regularidade possível. contigo, minha cara (e hoje abstenho-me de todas as palavras "gratificantes" a que estás habituada) só vejo novos começos, novas viagens, novos dilemas ou novas discussões, seja com um sorriso bem dado ou com o passado às costas, nos dias em que não só a sangria, como também a melancolia se apoderam de nós! sem prazos de validade ou efeitos secundários, sem recear o que quer que seja - isto tudo, para saberes que és a minha melhor amiga.

sábado, 26 de março de 2011

(not) good memories


às vezes lembro-me da tua voz rouca a entoar, seja o que for, ao meu ouvido, porém, e, raramente, consigo reconstituir os traços imperfeitos do teu rosto, apesar de conhecer com exactidão o contorno dos teus olhos, com um travo oriental, tal como eu os idealizava. enquanto caminhávamos, de mãos dadas, pelo Chiado, dizia-te que eras o meu avesso, após tanto tempo, nunca te expliquei a formula matemática da minha descoberta inexequível, e, talvez, nunca to venha a dizer, não por não to querer dizer, mas porque o teu ego insustentável não suporta críticas, muito menos, vindas de mim, a destruidora e arrebatadora intrusa, da tua vida! por isso, meu querido, o silêncio é ouro e eu? só jogo o "Às de trunfo", no fim do jogo. eu sei que me desculpas, pelo contrário, eu não ...

sexta-feira, 25 de março de 2011

1, 2, 3 adeus!



não tentes que te diga nada, não me tentes perguntar nada, nem esperes nada. compreende-me ou tenta fazê-lo. não guardes bilhetes, nem olhes para as fotografias ridículas que tiramos com a tua Polaroid amarela, esquece as tostas mistas às 5 da manhã, continua onde estás, mas muda as músicas do teu ipod, não penses na maneira estúpida como dançávamos, nem revejas os filmes que víamos juntos. não traduzas músicas, não voltes a bater às campainhas, nem tentes imitar a minha maneira de falar, se já não me tens. não te rias do meu riso, nem digas a ninguém como era. esquece-te do meu número e do meu nome, se possível. não olhes para mim, enquanto passo na rua, nem me cumprimentes, continua. não me dediques vitórias, nem te metas em confusões. muda-me de sítio. risca o meu nome, onde quer que ele esteja. não deixes que te chamem o que eu te chamava, nem tentes discutir, como discutíamos. sê feliz por mim, não comigo. continua a ser quem eras, não por mim, por ti, pode ser?

sábado, 19 de março de 2011

(des)engano

eras o único que me compreendia, quando nem eu o conseguia fazer. tenho saudades tuas, sabias?