segunda-feira, 23 de maio de 2011

hoje sei, ele sabe dançar, melhor do que ninguém.

e eu, com todo o meu espírito melódico e ingénuo, sorria. os teus braços entrelaçavam um corpo semi-perfeito, que para ti, nem a perfeição o superava, com o teu pé pesado, abstraias-te da dança, sem nunca te abstraíres-te de mim - um homem não sabe dançar - sussurravas, eu, confiante, como em tudo o que dizias, acreditava – um homem não dança. não precisava que soubesses conjugar os pés ou que soubesses guiar-me sob mais uma batida, quando me adoravas em demasia … e isto? bastava-me! credora de todos os provérbios populares, preferia não dar razão ao censo comum, mas “tudo o que é em demasia acaba” e nós? só fizemos jus ao ditado e, sem poder fugir ao inevitável, afinal – os homens também sabem dançar, nem que seja com a santa ingenuidade das mulheres.

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